terça-feira, 3 de novembro de 2015

Marin é extraditado aos EUA e vai tentar prisão domiciliar


O ex-presidente da CBF José Maria Marin foi extraditado da Suíça para os Estados Unidos, onde chegou na tarde desta terça-feira. Autoridades suíças informaram que Marin embarcou num voo para Nova York acompanhado por dois agentes da polícia americana.

Marin, de 83 anos, foi preso em Zurique em 27 de maio com outros seis dirigentes da Fifa num hotel de luxo na capital suíça onde participariam do congresso da entidade que elegeu Joseph Blatter para mais um mandato na presidência. O dirigente brasileiro é acusado de receber propinas de milhões de dólares em contratos de marketing relacionados à venda de direitos de TV da Copa América e da Copa do Brasil em suas edições de 2013 até 2022

A extradição de Marin ocorre depois de cinco meses preso em Zurique. Agora que foi levado aos EUA, o dirigente deverá passar por uma audiência na Justiça americana, provavelmente nesta quarta-feira. A ação contra ele corre na Corte Federal do Brooklyn, onde o brasileiro deverá prestar seu primeiro depoimento em solo americano. A expectativa de Marin, que tem apartamento em Nova York, em área luxuosa de Manhattan, é conseguir ficar em prisão domiciliar. Para isso, ele terá que se dispor a colaborar com a investigação e pagar multa milionária.
Se de fato ficar em casa, Marin estará proibido de deixar os EUA sem autorização. E terá que usar tornozeleira eletrônica, com as despesas da vigilância sendo pagas por ele, e não pelo Estado. Acordo semelhante foi feito por Jeffrey Webb, outro dirigente da Fifa preso em Zurique e extraditado aos EUA. Webb, ex-presidente da Concacaf e ex-vice da Fifa, teve de pagar fiança de US$ 10 milhões (verca de R$ 40 milhões).
Para receber benefícios na Justiça americana, Marin precisará colaborar com informações, numa espécie de delação premiada. Mas existe a possibilidade de se declarar inocente. Nesse caso as coisas poderiam se complicar. Ele então poderá ficar na prisão nos EUA enquanto se arrastar o processo contra o dirigente. A idade avançada (83 anos) pode ajudá-lo a ter uma condição melhor também. (OG)

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