O deputado estadual do PT-SP critica o distanciamento entre o partido e sua base e alerta para a perda de votos. “O eleitor espera mais”
No último dia 15 de março, enquanto milhares de pessoas tomavam as ruas para gritar “Fora Dilma” e “Fora PT” em São Paulo, a bancada paulista do Partido dos Trabalhadores ajudava a eleger um aliado de Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado tucano Fernando Capez, como presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A eleição de Capez foi fruto da reedição de uma "composição" que deu ao PT a Primeira Secretaria da Casa, a ser ocupada novamente por Enio Tatto.
Para o deputado estadual João Paulo Rillo (PT-SP), o PT tem direito a compor a Mesa Diretora da Alesp, mas a forma como o partido tem feito isso é equivocada. Segundo Rillo, a direção estadual do PT, comandada pelo ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza, “inibe” uma postura mais agressiva e radical no Estado que é palco de uma crise hídrica e escândalos em licitações do Metrô. O comportamento do PT paulista, diz o deputado, distancia o partido de sua base social e dos eleitores mais críticos, ameaçando a sigla em futuras eleições, e é reflexo da chegada aos estados do presidencialismo de coalização. “Parece que deu uma contaminada. O presidencialismo de coalizão não fica só lá [no governo federal]. Ele desce para os estados”. (CC)
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