segunda-feira, 18 de maio de 2020

Após acusações contra família Bolsonaro, Marinho ganha proteção policial


O empresário Paulo Marinho informou neste domingo, 17, que ele e sua família ganharam proteção policial após a divulgação das acusações de que o presidente Jair Bolsonaro e seu filho Flávio receberam informações privilegiadas sobre uma operação da Polícia Federal que mirava um assessor de Flávio, o ex-policial Fabrício Queiroz.
Em uma publicação nas redes sociais, Marinho afirmou que solicitou ao governador do Rio, Wilson Witzel, proteção policial e que, foi atendido.
Paulo Marinho é suplente de Flávio Bolsonaro e, durante a campanha de 2018, transformou sua casa no Rio de Janeiro em uma espécie de QG da candidatura do então deputado Jair Bolsonaro. Ele também é pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB.
Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste domingo, Marinho disse que ouviu do próprio Flávio Bolsonaro que a operação da PF que envolvia o seu ex-assessor Fabrício Queiroz no caso da rachadinha lhe foi antecipada por um delegado que era simpatizante da candidatura de Bolsonaro. Flávio e Jair, então, decidiram demitir Queiroz antes que o escândalo, com potencial de atingir em cheio a campanha de Bolsonaro, estourasse.
O relato de Marinho pode reforçar o inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal que apura se Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal – a ação foi aberta após as acusações feitas pelo ex-ministro Sergio Moro de que o presidente tentou acesso a relatórios de inteligência sigilosos. Neste domingo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, informou que vai avaliar se inclui as acusações de Marinho na investigação.
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Também em uma rede social, Paulo Marinho agradeceu às manifestações de apoio que tem recebido. Ele disse que considerou dar publicidade às informações após as denúncias feitas pelo ex-ministro Sergio Moro. (MSN)

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