sábado, 22 de agosto de 2015

Mulher finge que vai visitar bebê, esfaqueia mãe e tenta sequestrar menino de um mês em Curitiba

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Foram cerca de 15 minutos de terror para uma mãe de 28 anos, que tentava tirar o filho de apenas 30 dias do colo de uma mulher, que queria fugir com a criança. A tentativa de sequestro aconteceu na casa da família, no bairro São Braz, em Curitiba, na tarde desta sexta-feira (21). A mãe sofreu diversos golpes de faca pelo corpo e precisou ser internada no Hospital Evangélico. A mulher, que é colega de trabalho dos pais do bebê, fugiu sem levar a criança e ainda não foi presa pela Polícia Civil.
O casal trabalha em uma rede de hipermercados na capital e há 30 dias a esposa deu à luz a um menino. No início da semana passada, a mãe, em licença maternidade, recebeu a visita de uma colega de trabalho, que também dizia estar grávida, na casa da família, na rua Catarina Basso Brunetti. “Ela trouxe presentes, fraldas, normal. Depois ligou dizendo que queria vir novamente, tudo bem. As duas conversaram a tarde toda e quando minha esposa foi tirar o bolo do forno, ela sacou uma faca da bolsa e foi para cima dela, dizendo que ia matá-la para levar o meu filho embora”, descreveu o pai Edinei Zenzeluk, em entrevista à Banda B.
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Tentando impedir a colega de trabalho, a mãe do bebê foi ferida diversas vezes: pernas, braços, mãos, costas e o mais grave foi no ombro, que quase transfixou. Elas entraram em luta corporal enquanto o bebê estava no colo da sequestradora. De acordo com o relato do pai, a faca caiu embaixo do sofá, a mãe conseguiu tirar a criança dos braços da mulher e, nesse momentos, vizinhos já olhavam para dentro da casa, assustados. “Ela saiu correndo pela rua e a minha esposa já estava desmaiada. O dono da nossa casa pegou o bebê e levou para a casa dele e eles ligaram para o Siate”, contou o pai.
Os vizinhos estavam assustados e a Polícia Militar (PM) teria demorado cerca de 40 minutos para ir até a casa. Para o pai, policiais agiram com descaso e não acionaram investigadores da Polícia Civil. As fotos na residência serão tiradas apenas na segunda-feira (24). “Além de eles demorarem para chegar, não fizeram patrulha para tentar encontrar essa mulher, não ligaram para ninguém, disseram que eu tinha que ir registrar boletim na Polícia Civil”, disse Edinei, que estava no trabalho quando as agressões aconteceram.
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A mãe foi encaminhada pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) até o Hospital Evangélico, onde permaneceu internada até a tarde de hoje. Ela passa bem, mas precisou de suturas na mão e nas pernas. A família não quer voltar para a casa e está, temporariamente, na casa da irmã dele.
Há hipótese de a sequestradora ter mentido no trabalho sobre a gravidez. Edinei disse que havia informações desencontradas sobre a gestação dessa mulher e acredita que ela tenha perdido o bebê e mantido a versão sobre a gestação. “No mercado, alguns diziam que ela nunca sabia de quanto tempo de gestação estava, ela tinha umas informações desencontradas, mas nunca pensamos que poderia chegar a esse estado, meu Deus”, finalizou.
O Boletim de Ocorrência foi registrado no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul), no bairro Portão. A Polícia Civil deve dar prosseguimento às investigações nesta segunda-feira (24). (PBB)

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