sábado, 23 de julho de 2022

Para reduzir preço do diesel, governo prorroga prazo para distribuidoras cumprirem meta ambiental

 
O governo prorrogou até setembro de 2023 o prazo para as distribuidoras de combustíveis fósseis comprovarem o cumprimento da meta de compra dos Créditos de Descarbonização (CBios). Essa é uma meta ambiental compulsória anual de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para a comercialização de combustíveis.
Decreto publicado nesta sexta-feira, 22, no Diário Oficial da União define, em caráter excepcional, o novo prazo para comprovação da meta de 2022.
A disparada dos preços desses créditos é um dos entraves para uma queda maior do diesel nas bombas. A expectativa do governo é uma redução adicional de R$ 0,10 por litro do diesel.
“A medida que tomamos hoje vai baixar em mais R$ 0,10. Desta vez vai baixar o diesel, até R$ 0,10 a menos no diesel e até R$ 0,10 a menos na gasolina. Com os R$ 0,20 que a Petrobras já anunciou, é uma queda de até R$ 0,30 na gasolina”, declarou o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Os dois foram a um posto de combustíveis fiscalizar a queda nos preços. De acordo com Sachsida, o decreto é uma “boa notícia” para os caminhoneiros.
Na matemática do Ministério de Minas e Energia, com as medidas de redução de tributos já tomadas, o litro do diesel pode cair, em média, de R$ 7,68 para R$ 7,55. Com a prorrogação do prazo dos CBios, o preço poderá chegar a R$ 7,45. O potencial de queda do litro do etanol inicial é de R$ 4,87 para 4,56 – e, com a emenda promulgada, pode chegar a R$ 4,32. Para o litro da gasolina, o governo calcula um potencial de queda em média no País de 21%, de R$ 7,39 para R$ 5,84.
O CBio é um crédito relacionado a emissões de carbono e as práticas antipoluição das empresas. É emitido pelas companhias produtoras e importadoras de biocombustíveis, como etanol. Cada tonelada de CO2 que deixa de ser emitida gera um crédito de carbono. As metas estão previstas na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio).

Fonte: Estadão

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