quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Farra com dinheiro público na FAPESB põe deputado Euclides Fernandes na mira do Ministério Público



Criada com o objetivo de estimular e apoiar o desenvolvimento das atividades científicas e tecnológicas do Estado baiano, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), localizada no bairro da Federação, em Salvador, teria se tornado um “feudo familiar” do deputado estadual Euclides Nunes Fernandes (PDT). Trabalhadores da própria fundação, ligada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), procuraram a reportagem do Bocão News para denunciar diversas nomeações de parentes do parlamentar para preenchimento dos cargos em comissão/Reda. Segundo documentos obtidos pela reportagem, fornecidos por funcionários da própria instituição, pelo menos 25 pessoas estariam envolvidas no esquema. Entre os parentes próximos do deputado que ocupam cargo na Fapesb aparecem o filho do parlamentar, Yann Andrade Fernandes, que atua como coordenador III; e o irmão do pedetista, Expedito Fernandes, coordenador II. As nomeações dos Fernandes foram divulgadas recentemente no Diário Oficial do Estado, no dia 31 de outubro. 


Além disso, eles denunciaram também que o Programa de Bolsas de Estudos (Progbol) estaria sendo desvirtuado por meio de concessão, sem critério objetivo, de bolsas de estudo para parentes ou indicados políticos do pedetista. Na lista, enviada por trabalhadores da entidade para a reportagem, surgem também nomes de mulheres de sobrinhos de Euclides Nunes Fernandes e até de pessoas próximas de prefeitos de cidades baianas. Entre os beneficiados com a bolsa, está um sobrinho do deputado, Gustavo Fernandes Vieira, que já recebeu R$ 14 mil desde abril desse ano e deve receber mais R$ 10 mil para desenvolver e acompanhar atividades realizadas na assessoria de planejamento orçamentário na Fapesb. 


Uma bolsista apontada como esposa de um sobrinho do deputado, Marcia Cristina Nunes Fernandes, também integra a lista de beneficiados. Segundo as informações apuradas pela reportagem, desde o ano de 2010 ela acompanha as atividades do centro de documentação e informação da Fapesb. Durante este período, Marcia já embolsou mais de R$ 85 mil da instituição. 
 

Outro sobrinho do deputado, identificado como João Matheus Souza Fernandes, é bolsista da Fapesb desde 2010. Desenvolvendo projetos jurídicos na Fundação, João contou com o investimento de mais de R$ 100 mil. (BN)

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