Após mais de dois anos da tragédia na Boate Kiss, começou hoje (2) o primeiro julgamentodos acusados de responsabilidade no incêndio que matou 242 pessoas em janeiro de 2013. O julgamento desta terça-feira envolve o processo que tramita na Justiça Militar e apura as ações de oito militares do Corpo de Bombeiros na emissão do alvará de funcionamento da boate. Neste processo, os bombeiros não respondem pelo incêndio ou pelas mortes.

(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Hoje foram ouvidos a acusação e três réus acusados de falsificar documentos que permitiram a emissão do alvará de funcionamento da Boate Kiss, em 2009: o tenente-coronel Moisés Fuchs, comandante regional dos Bombeiros na época, o tenente-coronel Daniel da Silva Adriano, e o capitão Alex da Rocha Camilo, que era chefe da seção de prevenção de incêndio.
Amanhã, serão ouvidos os sargentos Renan Severo Berleze e Sergio Oliveira de Andrade e os soldados Gilson Martins Dias, Marcos Vinicius Lopes Bastile e Vagner Guimarães Coelho, denunciados por não fazer as inspeções na boate de forma correta em 2011.
O caso da Boate Kiss tem dois processos, o da Justiça Militar e um na Justiça Comum em que quatro pessoas respondem por homicídio doloso: os sócios da boate, Elissandro Sphor, o Kiko, e Mauro Hoffmann; e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira: Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão.
O incêndio na boate ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, causando a morte de 242 pessoas e deixando mais de 600 feridas. O fogo começou durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, quando um dos músicos acendeu um artefato pirotécnico no palco. A espuma usada para abafar o som do ambiente era imprópria para uso interno e produziu substâncias tóxicas, como cianeto, o que causou a maioria das mortes. A boate funcionava com documentação irregular e estava superlotada.
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(Arte: Antonio Trindade e Pedro Ivo de Oliveira/Agência Brasil) |
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