sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Aumenta o número de casais sem filhos no país; filho único também ganha mais adeptos

filhos

A taxa de fecundidade da população brasileira registrou queda de 18,6% entre os anos de 2004 e 2014, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados divulgados hoje (4) fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, que usa números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Na década passada, as mulheres do país tinham em média 2,14 filhos, número que caiu para 1,74 em 2014, o que indica que cada vez mais casais optam pelo filho único.
Com a redução, ganha importância o número de casais sem filhos e também cresce o número de pessoas que vivem sozinhas. O arranjo familiar formado por casal sem filho se tornou, nos últimos anos, o segundo em participação, chegando a 19,9% em 2014. No ano anterior, o número estava em 19,4% e dez anos antes, em 14,7%.
O primeiro ainda são casais com filhos, mas houve redução na proporção: de 51%, em 2004, passou a 42,9% do total, em 2014. Em 2004, as pessoas que viviam sozinhas eram 10% dos arranjos familiares. No ano passado, eram 14,4%.
A queda na taxa de fecundidade se deu em todas as regiões brasileiras. No Norte, onde a taxa é maior, o indicador passou de 2,84 para 2,16 filhos por mulher. Já no Sul do país, a taxa de fecundidade chegou a 1,60 filho por mulher.
Segundo a pesquisa, as mulheres que respondem pela maior parte da fecundidade são as de 20 a 24 anos, com 26,5% do total da fecundidade do país. Nesse grupo, há uma taxa de 91,9 filhos para cada mil mulheres.
O IBGE destaca que as jovens de 15 a 19 anos tiveram uma queda na taxa de fecundidade no período estudado, de 78,8 para 60,5 filhos por mil mulheres. A participação delas na fecundidade total é de 17,4%.
O número é considerado alto se comparado a regiões mais desenvolvidas, como a Europa, onde a taxa de fecundidade está em 16,2 filhos nascidos vivos para cada mil mulheres de 15 a 19 anos.
O maior percentual de jovens com filhos está no Nordeste (35,8%) e, segundo a pesquisa, a maior parte dessas mulheres era preta ou parda (69%) e não estudava (59,7%). (PBB)

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