A votação para a escolha da comissão do impeachment foi suspensa após uma série de confusões nesta terça-feira (8). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu a votação rapidamente, sem aceitar o questionamento de governistas, o que irritou os parlamentares aliados a presidente Dilma Rousseff.
Durante o tumulto, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP) discutiram e foram contidos por colegas. Os governistas querem que a votação seja aberta, enquanto Cunha deseja que ela aconteça secretamente.
No momento da votação, os deputados do PT ficaram em frente às cabines de votação para impedir que a oposição votasse. Vários deputados tentaram tirar os parlamentares a força. Na confusão, três urnas foram quebradas.
Apesar do tumulto, a votação continua nas cabines, segundo a Câmara dos Deputados. A comissão especial será formada por 65 membros, e as chapas têm que ter o número mínimo de 33 integrantes.
As vagas não indicadas na chapa vencedora serão preenchidas posteriormente com candidaturas de deputados pertencentes ao partido ao qual cabe a vaga.
A chapa 1, que tem as indicações feitas pelos líderes da base governista, conta com 49 membros. A chapa 2, que foi formada, em sua maioria, por deputados que fazem oposição ao governo, tem 39 inscritos. (PBB)
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